As mulheres parecem sempre sofrer mais com a pressão da natureza. São elas que engravidam e elas que tomam anticoncepcionais e são também elas que sentem o desconforto da menstruação todos os meses e o incômodo dos sintomas da menopausa.
Durante muito tempo, os anticoncepcionais masculinos se limitavam à camisinha e à vasectomia. 
O uso do anticoncepcional é um exemplo clássico disso. Mas, embora o anticoncepcional envolva alguns poréns, representa um grande avanço sociocultural, principalmente para as mulheres, que passaram a poder optar em não ter filhos. Mas é também por representar uma liberdade “para as mulheres” que o anticoncepcional e o seu uso recai sobre o público feminino, como se evitar filhos fosse apenas uma responsabilidade da mulher. E sabemos que não é.
E quais são os “poréns” do anticoncepcional? Fora a pressão social, algumas mulheres se queixam de efeitos colaterais causados pela pílula, como dores nas pernas, dores de cabeça, retenção de líquido e alterações da libido.

O anticoncepcional masculino prestes a se tornar uma realidade

Durante muito tempo, os anticoncepcionais masculinos se limitavam à camisinha e à vasectomia. Porém, nos últimos anos, muito tem sido falado a respeito das pílulas anticoncepcionais para homens, que impedem que o homem engravide a sua parceira. Porém, durante testes, essas pílulas apresentavam problemas e viraram apenas especulação.
Mas, o que vem sendo especulação durante anos parece estar finalmente se tornando uma realidade. Cientistas australianos descobriram, através de testes com camundongos, uma forma reversível de impedir que o esperma seja liberado, sem que haja infertilidade permanente e sem que o desempenho sexual masculino seja prejudicado. Isso se dá através do “armazenamento” do esperma durante o ato sexual.
A descoberta, que foi publicada na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (Pnas), apresenta um grande avanço porque, até então, os anticoncepcionais masculinos traziam efeitos colaterais preocupantes, como indução à infertilidade, diminuição da libido e alterações permanentes na produção de esperma.
A ideia é buscar um anticoncepcional masculino não hormonal, seguro e reversível. Para tanto, a nova pílula age ao deletar geneticamente duas proteínas ligadas à liberação do esperma, fazendo o bloqueio durante o ato sexo.

Eficácia do novo método contraceptivo masculino

A comprovação da eficácia do método foi feita através da remoção das duas mencionadas proteínas de ratos machos geneticamente modificados. Foi observado que os animais desprovidos dos compostos continuavam se acasalando normalmente, embora estivessem completamente estéreis, ou seja, sem a capacidade de liberar gametas. Os camundongos não apresentaram sintomas secundários relacionados ao procedimento e, depois, foram capazes de ter prole sem apresentar prejuízos na fertilidade.
Cientistas acreditam que a nova tecnologia relacionada ao método anticonceptivo masculino acabará com o tabu de que a mulher é a principal responsável pela prevenção da gravidez e que diminuirá os receios masculinos de infertilidade e alterações no desempenho sexual.
Porém, a pílula de anticoncepcional masculino ainda está em fase de testes e não está disponível no mercado. Quando ela estará à venda ainda não dá para saber. O que importa é que a existência de um método contraceptivo oral para homens está, dessa vez, realmente bem perto.
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